O deputado estadual Douglas Fabrício (PPS) criticou nesta terça-feira (4), na Assembléia Legislativa, o anteprojeto que pretende reajustar as custas judiciais e os valores cobrados em cartórios extrajudiciais.
“Não dá mais para votar aumentos aqui na Assembléia. Isso constrange os deputados porque a população trabalha quatro meses só para pagar impostos. Não podemos dar ao povo paranaense esse presente de natal”, afirmou.
Durante o discurso, o deputado pediu ao presidente da Alep, Valdir Rossoni, que o anteprojeto não entre em pauta antes da realização de audiências públicas para discutir os reajustes. Douglas lembrou que a Alep tem feito um esforço grande para economizar recursos e devolvê-los ao governo para que sejam investidos em programas no interior do Estado. E que não seria justo conceder aumentos sem antes conhecer os reais custos dos cartórios.
A pedido de Douglas, Rossoni adiantou que o projeto não será votado “no afogadilho” e que não entra em pauta pelos próximos seis meses.
Douglas também comparou os aumentos (que variam de 37,25% a 1.125%) com o IPCA, índice que mede a inflação no país. Em 2010, ele foi de 5,91%. Em 2011, chegou a 6,50% e, em 2012, a expectativa dos economistas é que não ultrapasse 5,42%.
“O menor aumento pedido pelos cartorários é duas vezes maior que a inflação do período. Isso demonstra que os reajustes estão absolutamente fora da realidade”, garantiu.
