O superintendente do Porto, Luiz Henrique Dividino, disse que o cais para atracação é deficitário
Curitiba – O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessuti Dividino, esteve ontem na Assembleia a pedido do presidente da CPI dos Portos, deputado Douglas Fabrício (PPS). Um dos aspectos que ele admitiu foi que há crescimento da exportação de todos os segmentos, mas a infraestrutura do porto não acompanha. Segundo ele, será necessária a modernização do cais para atracação. ''Hoje temos berços de atracação com 20, 40 e 60 anos'', disse.
Segundo ele, os investimentos previstos para os próximos quatro ou cinco anos são de R$ 2 bilhões, sendo metade da iniciativa privada. Dividino foi questionado sobre as ações trabalhistas que consomem R$ 50 milhões por ano. Outra crítica foi que os cargos comissionados representam 27% da folha de pagamento. Dividino comentou que a superintendência anterior teria tomado ações para resolver os problemas.
A dragagem também foi outro ponto questionado. Ele defendeu a contratação do serviço e não a compra da draga. Segundo ele, ficaria mais caro comprar o equipamento considerando os gastos com manutenção. Dividino não quis comentar a Operação Dallas, deflagrada em janeiro de 2011 pela Polícia Federal para investigar, entre outros pontos, o desvio de cargas no porto. Há cerca de 15 dias, foi detectada a falta de 1.800 toneladas de soja. A Appa abriu uma sindicância para apurar o assunto