No projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, a Secretaria do Esporte e do Turismo ficou com R$ 61,2 milhões. Em relação à LOA de 2015, que previa R$ 88,1 milhões para a área, há uma queda de 31%.
Deixando de lado as despesas correntes da pasta – como gastos com pessoal, encargos sociais, manutenção de equipamentos etc – e considerando só os recursos previstos para investimentos em projetos, a perda é ainda maior: 48%. Neste ano, R$ 12,4 milhões foram reservados. Para 2016, a previsão é R$ 6,5 milhões.
A secretaria contesta os números. Segundo o órgão, na prática, n&atatilde;o há diminuição nos recursos destinados para a área, pois o orçamento de 2015 teria sido “superdimensionado”. “Isso causou bastante transtorno. O que aconteceu foi que a Secretaria da Fazenda, por uma prudência, previa no orçamento recursos federais que poderiam vir. Mas nem todos eram fechados depois”, justifica o diretor geral Alberto de Faria.
A pasta informou à reportagem que, efetivamente, de 1º de janeiro até o último dia 20 de outubro, foram utilizados R$ 39,7 milhões, sendo R$ 22,3 milhões em investimentos. Até o fim do ano, outros R$ 8,8 milhões devem ser gastos.
“Se você for em qualquer estado, cidade, a área do Esporte pega uma fatia menor do orçamento. Quero convencer o governo de que é importante investir mais, claro que gostaria de receber mais recursos, mas não dá para ficar preso a isso”, diz o secretário Douglas Fabrício. “Cabe a nós termos criatividade, buscar parcerias e convencer investidores, a sociedade de que o esporte é importante”, completa.