O superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessuti Dividino, afirmou durante a sessão de ontem da Assembleia Legislativa, que o sucateamento provocado pela falta de investimentos em administrações anteriores é o principal problema dos portos paranaenses. Dividino, que assumiu o cargo recentemente, foi até a Casa a convite do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), do Porto, Douglas Fabrício (PPS).
Segundo o superintendente, o porto deve ser o cartão de visitas do estado e necessita de investimentos em infraestrutura e tecnologia, embora seja uma referência entre os portos brasileiros. “A função do porto é fazer a indústria chegar além mar. Precisamos investir em tecnologia para conhecermos a fundo o que podemos fazer. Ninguém tem a versatilidade do porto de Paranaguá. O problema é que estamos sucateados”, admitiu.
Segundo ele, vem sendo feito uma levantamento para a reestruturação de equipamentos para atracação, além da remodelação do setor de exportação e na unidade de processamento de produtos para aumentar a velocidade de descarga, além da dragagem em Paranaguá e Antonina. Entre diversas indagações dos parlamentares, uma delas foi relacionada às ações trabalhistas que consomem do caixa do porto o equivalente a R$ 50 milhões por ano.
“Existem muitos casos de desvio de função, de horas extras. É uma situação delicada. Estamos atuando neste sentido e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está nos ajudando na reestruturação do quadro do porto”, afirmou.
Outra iniciativa anunciada pelo atual chefe da autarquia é a possibilidade de uma parceria com o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem), que vai auxiliar na quantificação das cargas. “Estamos pensando em colocar uma unidade do Ipem no porto. Esta será uma medida inédita e importante. Estamos aguardando a definição de viabilidade por parte do Ipem e tenho certeza que isso vai nos ajudar em muito”, explicou Dividino.
Para o presidente da CPI, Douglas Fabrício, mesmo tendo assumido o cargo muito recentemente, o atual chefe da Appa mostrou conhecimento da metodologia de funcionamento do porto e já iniciou uma série de importantes medidas de melhoria. “Ele já mostrou que tomou decisões importantes, como a sindicância envolvendo recente denúncia de desvio de cargas. E buscou ainda o Ipem para uma parceria estratégica para sanar estes problemas”, disse