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novembro 23, 2011

Deputados questionam ex-superintendente sobre compra de draga

A tentativa do governo passado de comprar uma draga própria para operar nos portos de Paranaguá e Antonina foi o principal tema do depoimento que Daniel Lúcio Oliveira de Souza prestou à CPI dos Portos nesta quarta-feira (23).

Souza disse que a aquisição do equipamento foi uma determinação que partiu do então governador Roberto Requião em 2009. “Não foi o superintendente que deu a ordem para a compra da draga. Foi o governador”, disse.

 

O economista ingressou na APPA em 2003 e chefiou os departamentos de finanças, planejamento e administrativo. Entre 2008 e 2009 ele comandou a autarquia, após substituir Eduardo Requião, irmão do governador.

 

O ex-superintendente explicou que duas empresas participaram do leilão: a Interfabric Indústria e Comércio Ltda e a Global Conection Ltda. E disse que um sócio da Global foi recomendado a ele por Carlos Moreira Júnior, então chefe de gabinete de Requião.  

 

Segundo Souza, a Interfabric venceu a licitação com o preço de cerca de R$ 43,9 milhões, mas foi desclassificada porque o equipamento não estava funcionando. A Global, que possuía capital social de R$ 50 mil e havia oferecido uma draga por R$ 45 milhões, foi então declarada vencedora. Mas a Interfabric entrou com uma ação no TRF da 4ª Região questionando a decisão.

 

Ele revelou que para ajudar na defesa da legalidade do processo licitatório, desembolsou R$ 40 mil para pagar os honorários de Pedro Paim Falcão, desembargador aposentado do próprio TRF. Na época, Souza recebia cerca de R$ 17 mil por mês.  

 

O presidente da CPI, deputado Douglas Fabrício (PPS), questionou porque o então governador não solicitou que Procuradoria Geral de Estado ajudasse no caso. Souza alegou que a PGE não atua no porto porque a autarquia possuía advogados próprios.

 

Já para o relator da comissão, deputado Fernando Scanavaca (PDT), parece ter havido uma ‘arapuca’ para que a Global vendesse a draga para a APPA. “Tanto que o edital não exigia que a empresa tivesse capital mínimo para participar da licitação”, explicou.

 

Extinção – Durante o depoimento, o ex-superintende também defendeu a extinção da APPA e a criação de uma empresa de economia mista para gerenciar os portos paranaenses. Para ele, se isso não for feito será impossível acabar com o número crescente de ações trabalhistas. “O quadro funcional está envelhecido e é uma colcha de retalho. Não é possível fazer uma gestão moderna com este tipo de situação”, defendeu.

 

Ele também negou que seja sócio de empresas ligadas ao setor de limpeza e de licenças ambientais e defendeu a construção dos terminais públicos de álcool e fertilizantes. 

 

Os deputados voltam a ouvir Souza na próxima terça-feira (29). “Estamos fazendo um trabalho minucioso para identificar os problemas que ocorreram no porto e oferecer soluções para que eles não se repitam. Nossa meta é oferecer condições para que Paranaguá volte a ser reconhecido internacionalmente pela sua eficiência e seriedade. O Paraná e o Brasil vão ganhar muito com o trabalho da CPI”, explicou deputado Douglas Fabrício.

Boca Santa e Roncador Online: Douglas destaca lei que garante eleição nas escolas

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (22), o deputado estadual Douglas Fabricio (PPS) destacou a lei estadual 7.961, de 1984, de autoria do então deputado estadual Rubens Bueno, que garante a eleição direta para escolha de diretores das escolas estaduais. “Amanhã é um dia importante para o Paraná”, frisou o parlamentar, ao lembrar que nesta quarta-feira (23) é dia de eleição nas escolas do Estado.

 

O deputado fez um retrospecto da história da democracia que garantiu a eleição direta, lendo um artigo do professor e sociólogo mourãoense José Eugênio Maciel. “O professor Maciel foi muito feliz nesse texto porque nos ajuda a lembrar que se hoje podemos escolher nossos dirigentes, inclusive no comando das escolas, isso se deve a importantes movimentos políticos ao longo da história”, argumenta Douglas.

 

Para o deputado, ao acabar com a indicação política por parte do governo na direção das escolas, a ‘Lei Rubens Bueno’ garantiu que a democracia e cidadania seja exercida na escola. “Por isso é importante que nesta quarta-feira os pais ou responsáveis por alunos compareçam para exercer esse direito de escolher os diretores”, completou.

 

BOCA SANTA 

Hoje é dia de eleição nas escolas estaduais. Em Campo Mourão, haverá bate-chapa em seis. No Marechal Rondon são três professores na disputa. Em Goioerê tem até vereador – Herley Paraíba – concorrendo. O deputado Douglas Fabrício foi ontem à tribuna da Assembleia só pra lembrar que a lei da eleição pra diretor, de 1984, é do “mourãoense” Rubens Bueno. Vou só, companheiro é companheiro…

ONDE TEM BATE-CHAPAS

Colégio Vinicius de Morais
Agda Aparecida Prado Berbeth
Cláudio Pereira

Colégio Osvaldo Cruz
Rosemere Scheffer Hundsdorfer
Neiva Bernardes de Souza

Colégio Prefeito Antonio Teodoro
Geraldo Augusto Foltran Teixeira
Fátima Bernardete de Campos

Colégio Marechal Rondon
Izael Simão
Devanir Machado Borges
Adriana Gaspar de Melo Giuliani

Colégio Estadual
Edson José Lasta
Juraci Alves Miranda

Ceebjacam
Lílian Cristina de Souza Guimarães
Cléria  Marconato da Silva