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CPI DOS PORTOS RECEBE CAIXAS COM VINTE QUILOS DE DOCUMENTOS DA APPA

 Já estão nas mãos dos deputados que compõem a Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) que está investigando supostas irregularidades nos portos paranaenses cinco caixas com cerca de vinte quilos de documentos envolvendo licitações, aditivos contratuais e outras despesas pagas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina desde 2006.

Os documentos foram repassados pela APPA nesta quinta-feira (7), durante visita técnica dos parlamentares ao porto de Paranaguá. Os parlamentares também receberam a lista completa com todas as ações trabalhistas envolvendo a autarquia.  

A partir de agora, uma equipe técnica da CPI, formada por economistas, advogados e contadores, vai averiguar a documentação.  “Vamos aprofundar a investigação em pontos que não estão sob o foco da Polícia e do Ministério Público Federal. Nossa meta é corrigir os erros do passado e tornar o porto público mais eficiente, porque todos os paranaenses ganham com isso”, explicou o deputado estadual Douglas Fabrício (PPS), presidente da CPI.

Douglas também anunciou que a comissão vai aguardar que o MPF envie os documentos da operação Dallas, que continuam mantidos em segredo judicial. Mas que pretende entrar na justiça caso a CPI não tenha acesso a eles.

Outra novidade é que a comissão vai organizar uma audiência pública em Paranaguá para ouvir empresários, lideranças sindicais e políticas. “O povo da cidade foi o mais atingido com os erros cometidos no passado e vamos precisar ouvir os representantes da população para propor soluções”, disse Douglas.

Reunião – Além de Douglas Fabrício, participaram da visita técnica os deputados Jonas Guimarães, Fernando Scanavaca e Stephanes Júnior. Pela manhã, a comitiva se reuniu com a direção da APPA, onde recebeu informações sobre a atual situação dos portos paranaenses e sobre o plano de investimentos para eles.  Em seguida, os deputados foram conhecer os terminais de Contêineres (TCP), de Fertilizantes e de álcool, onde foram constatados casos graves de desperdício de recursos públicos.  

Nos terminal de álcool e de fertilizantes, por exemplo, o governo passado investiu cerca de R$ 23 milhões. Apesar de inaugurados em 2008, eles nunca entram em operação devido a deficiências técnicas.

Os deputados também foram conhecer os principais pontos onde, segundo denúncia da Polícia Federal na operação Dallas, estavam ocorrendo desvios de grãos que rendiam R$ 9 milhões por ano.  Entre eles, a balança de entrada do porto, a correia que leva os produtos os navios e empresas supostamente envolvidas no esquema.  

 

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