fevereiro 16, 2011

O deputado Douglas Fabrício (PPS) quer saber em detalhes quais foram os recursos arrecadados pelo Programa Voluntariado Paranaense – Provopar, do ano de 2003 até 2010. O pedido de informações do parlamentar foi protocolado nesta quarta-feira (16) na Assembléia Legislativa, e requer esclarecimentos da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social sobre receitas provenientes de diferentes fontes, como da Receita Federal, por meio de arrecadações com venda de produtos apreendidos; da Copel, pela campanha “Fome Zero”; do Detran, por doações feitas diante da escolha de placas de automóveis; e do Projeto Arte Nossa, referente a percentuais da venda de artesanato nas lojas Arte Nossa Provopar.

Douglas Fabrício quer que o Provopar preste contas, igualmente, dos recursos que tenha arrecadado com a comercialização de produtos inservíveis, isto é, produtos sem utilidade ou substituídos nas secretarias estaduais e empresas diversas, doados à entidade. O produto da venda de material reciclável – como lixo, plástico, alumínio ou papel, por exemplo – também deverá ser informado, do mesmo modo que deverão ser esclarecidas todas as somas arrecadadas pela entidade em campanhas feitas em parceria com a sociedade civil. "Quero saber quanto dinheiro entrou, de onde vieram estes recursos e como foram aplicados nestes últimos anos", explica Fabrício. Segundo ele, “é certo que a população tem o direito de saber como e onde eles foram aplicados".

Despesas – O deputado Douglas Fabrício também cobra informações sobre os gastos e empenhos do Provopar no mesmo período de 2003 a 2010, lembrando que tais informações não são precisadas tal como deveriam, inclusive nos sites dos órgãos afins. Assim, em suma, o parlamentar quer apurar quais foram os resultados dos programas e campanhas desenvolvidos pela entidade até muito recentemente, para conveniente exposição dos respectivos suportes financeiros.

A reunião do diretório estadual do PPS desta semana foi comandada pelo deputado estadual Douglas Fabrício, que aproveitou a ocasião para fazer uma análise do início dos trabalhos da Assembleia Legislativa. O encontro contou também com o deputado estadual César Silvestri Filho, o secretário-geral Rubico Camargo, a coordenadora do PPS Mulher, Ângela Donha, e demais filiados.    Inicialmente Douglas destacou a formação do bloco PPS-PMN na Casa de Leis. Segundo ele, existe a possibilidade de o bloco fazer parte da Comissão de Obras, de Saúde e da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). “O partido busca mais espaço. Já conseguimos a terceira vice-presidência da Assembleia. No momento, discutimos a composição das comissões”, declarou.   Em seguida, Douglas aproveitou para falar sobre as primeiras visitas que realizou pelo interior do Paraná ao lado dos secretários. “Percebemos muitos problemas do governo passado. Existem obras que não foram realizadas na região de Campo Mourão e tinham sido prometidas. Acho que essa situação é a mesma em todo o Paraná”, ponderou.   Instalação de CPI’s O parlamentar também discorreu sobre a possibilidade de instalação de CPI’s propostas na Assembleia Legislativa. Ele declarou que não está sendo fácil para conseguir as assinaturas necessárias para viabilizar as CPI’s do Porto de Paranaguá e da ParanáPrevidência.  “Conseguimos 11 assinaturas em uma e 12 na outra. Precisamos somar 18 para cada uma. Existe grande dificuldade porque a bancada que defendia o governo anterior é grande. A quantidade de denúncias envolvendo membros do governo passado é enorme. A CPI é importante para trazer mais informações ao público”, disse o deputado que propôs as Comissões Parlamentares de Inquérito.   O secretário-geral Rubico Camargo destacou a importância de esclarecer politicamente o que aconteceu no porto de Paranaguá. “Eles precisam de um aporte de R$ 100 milhões para sanear dívidas”, recordou.